Antes do temporal A segunda noite no hospital foi estranha, sai do quarto e desci pelo elevador até o térreo já passava das 20h. Sai do prédio e fui caminhando pela rua até o café. A garota veio me atender e eu pedi uma xícara de café expresso. - O senhor quer com leite? A atendente disse. - Apenas café. Respondi. Fiquei ali sentado na mesa olhando a cafeteria vazia, apenas eu, a atendente e a moça da faxina. Cinco minutos foi o tempo que ela levou para trazer a xícara e colocar na mesa. - O senhor deseja mais alguma coisa? Fiquei olhando para ela, para sua juventude, para tudo que de alguma forma significava aquela pergunta. Eu realmente queria muitas coisas, como ela podia saber. - O senhor deseja mais alguma coisa? Ela insistia. - Não, obrigado. Apenas o café. - Se precisar de mais alguma coisa é só falar. - Obrigado. Ela foi gentil e se retirou. O café estava bem quente, a fumaça subia da xícara e se perdia no ambiente. A moça da faxina continuava limpando o