Jack Kerouac
Jack Kerouac nasceu em Lowell, Massachusetts, em 12 de março de 1922;
era o mais novo de três filhos de uma família de origem franco-canadense.
Começou a aprender inglês apenas aos seis anos de idade, estudou em escolas
católicas e públicas locais e, como jogava futebol americano muito bem, ganhou
uma bolsa para a Universidade de Columbia, em Nova York. Nesta cidade
conheceu Neal Cassady, Allen Ginsberg e William S. Burroughs. Largou a
faculdade no segundo ano, depois de brigar com o técnico de futebol, foi morar
com uma ex-namorada, Edie Parker, e juntou-se à Marinha Mercante em 1942 –
dando início às jornadas infindáveis que se estenderiam por boa parte de sua
vida.
Em 1943 alistou-se na Marinha, de onde foi dispensado por razões
psiquiátricas. Entre uma e outra viagem, voltava para Nova York e escrevia o
seu primeiro romance, The Town and the City (Cidade pequena,
cidade grande), publicado em 1950, sob o nome de John Kerouac. Este primeiro trabalho
era fortemente influenciado pelo estilo do escritor norte-americano Thomas
Wolfe e foi bem recebido.
Em abril de 1951, entorpecido por benzedrina e café, inspirado pelo jazz, escreveu em três semanas a primeira versão do que viria a ser On the Road. Kerouac escrevia
em prosa espontânea, como ele chamava: uma técnica parecida com a do fluxo de
consciência. O manuscrito foi rejeitado por diversos editores. Em 1954, começou
a interessar-se por budismo e, em 1957, On the Road foi finalmente publicado, após inúmeras alterações exigidas pelos
editores. O livro, de inspiração autobiográfica, descreve as viagens através
dos Estados Unidos e México de Sal Paradise e Dean Moriarty. On the Road exemplificou para o mundo aquilo que
ficou conhecido como a "geração beat" e fez com
que Kerouac se transformasse em um dos mais controversos e famosos escritores
de seu tempo – embora em vida tenha tido mais sucesso de público do que de
crítica e embora rejeitasse o título de “pai dos beats”.
Seguiu-se a publicação de The Dharma Bums (Os vagabundos iluminados) – um romance com franca inspiração
budista –, The Subterraneans (Os subterrâneos) em 1958, Maggie Cassidy, em 1959, e Tristessa, em 1960. A partir
daí, Kerouac tendeu à direita, politicamente: criticava os hippies e apoiou a guerra do Vietnã. Publicou
ainda Big sur e Doctor Sax, em 1962, Visions of Gerard, em 1963, e Vanity of Duluoz,em 1968, entre
outros. Visions of Cody, considerado por
muitos o melhor e mais radical livro do autor, só foi publicado integralmente
em 1972. Ele morreu em St. Petersburg,
Flórida, em 1969, aos 47 anos, de cirrose hepática. Morava, então, com sua mãe
e sua mulher, Stela. Escreveu ao todo vinte livros de prosa, e 18 de ensaios,
cartas e poesia.
Fonte: Editora L&PM
Comentários
Postar um comentário