Sempre
alguém querendo dizer algo que não valha a pena ser dito
parece
tão importante
ouvidos
que não querem escutar
olhos
que olham
apenas
um papel em branco
mesmo
assim
vai se
espalhando
o que se
pode dizer com alguma importância
parece sempre estar molhado
sempre a
causar
um certo
desconforto
assim se
pensa
é
preferível se deixar jogado embaixo do tapete, do sofá, debaixo da cama,
enterrado na lama
enterrado
enterrado
as vezes
torturado
melhores
palavras não faladas
trocadas as fraldas e uma nova receita de se
estar
aparentemente
pertinente
um
joguinho sempre explicado como a formula de alguma antena ou cosmos ou apenas
um jornal velho
ideologias
absorvidas em contracapas
sabedoria
de quinze segundos
uniformes
de um modismo
batido e vencido e agora aceito
de uma
febre louca que pasma no marasmo
de uma
semana confortável
que
segurança é essa
que nos deixa envelhecer
como um
abstrato do que poderíamos ter falado
mas a
semana continua
e, é
confortável
quem
sabe em algum domingo
na mesa
do almoço
um trago
a mais e tudo vem à tona
mas é
tanta repressão
que tudo
parece ser apenas mais um domingo em família
mas
mesmo sendo o primeiro dia
parece
sempre o fim
e não há nada para explicar
apenas
uma geração após a outra
e o
doutor sorri e pergunta
qual é o
nome...
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